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Indústria brasileira de aço amplia receita com exportações

Mesmo com as cotas americanas, o faturamento das exportações do aço brasileiro não será derrubado devido o aumento de preços, tanto no mercado interno quanto no internacional, com uma alta de 18,3% na receita com as vendas para fora do país.

O aço semiacabado representa 80% das vendas para os EUA, e poderá ocorrer uma queda de 7,7% em relação ao volume vendido em 2017. Para outros produtos de aço, foi aplicado um redutor de 30% sobre a média das das vendas dos anos entre 2015 e 2017.

Para Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo da associação do setor, é preciso relativizar as taxas positivas, pois a base de comparação do primeiro semestre de 2017 é muito baixa.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

Contratos futuros do aço na China avançaram nesta terça-feira após alcançarem mínimas em nove meses

Os contratos futuros do aço na China avançaram nesta terça-feira após alcançarem mínimas em nove meses, uma vez que as preocupações quanto a uma potencial guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos diminuíram.

Os futuros do vergalhão na Bolsa de Xangai ganharam 2,1 por cento, para 3.433 iuanes (548,98 dólares) por tonelada, marcando o melhor desempenho desde fevereiro.

A recuperação veio em meio à notícia de negociações entre EUA e China, com autoridades da Casa Branca pedindo à China para cortar tarifas em carros importados, permitir a maioria estrangeira em empresas de serviços financeiros e comprar mais semicondutores feitos pelos EUA, disse uma pessoa familiarizada com as discussões.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu na segunda-feira manter as negociações comerciais e facilitar o acesso às empresas americanas.

A alta no aço sustentou as matérias-primas. Os futuros do minério de ferro na Bolsa de Dalian ganharam 1,3 por cento e fecharam em 444 iuanes por tonelada, na maior alta diária em quatro semanas.

O minério de ferro para entrega no porto de Qingdao avançou 1,3 por cento, para 65,17 dólares por tonelada.

 

Fonte: EXAME

O futuro do aço e do minério de ferro na China subiram na quinta-feira (31/08), com o vergalhão de aço caminhando para o quarto mês de ganhos, após dados mostrarem que o crescimento do setor industrial chinês acelerou em agosto, melhorando as perspectivas para a demanda.

O futuro do minério de ferro na bolsa de Dalian saltaram 3,9 por cento, para 573 iuanes por tonelada. A commodity teve ganhos de 5,7 por cento em agosto.

O contrato mais ativo do vergalhão de aço na bolsa de Xangai fechou em alta de 1,8 por cento, a 3.927 iuanes (596 dólares) por tonelada, após chegar a cair 1,9 por cento mais cedo na sessão. O aço fechou agosto com ganhos de quase 11 por cento.

“Nós acreditamos que esse desenvolvimento positivo da economia da China é um impulso para a demanda por commodities que não deve ser mais subestimado”, disse a analista da Argonaut Securities, Helen Lau.

Fonte: Exame

 

A produção da indústria brasileira cresceu 0,8% em maio frente a abril (com ajuste sazonal), o melhor resultado para o mês na comparação mensal desde 2011, quando o setor avançou 2,7%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a segunda alta seguida.

Em relação a maio do ano anterior (sem ajuste sazonal), a indústria expandiu 4,0% em maio de 2017, o maior avanço desde fevereiro de 2014, quando a indústria cresceu 4,8%. Para os meses de maio, foi a maior alta para maio desde 2010, quando avançou 14,3% na comparação com maio de 2009.

Produção e faturamento industrial avançam em maio, diz CNI

De janeiro a maio de 2017, o setor industrial acumulou alta de 0,5%, de acordo com o IBGE. Nos últimos 12 meses, houve recuo de 2,4% até maio de 2017, seguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).

O IBGE revisou os dados da produção industrial de abril. A indústria geral cresceu 1,1%, ao contrário do crescimento de 0,6% divulgado anteriormente. Para bens de capital, o crescimento foi de 1,9%, e não de 1,5%. E para bens de consumo durável o avanço na produção foi de 2,9% e não de 1,9%.

O crescimento de 0,8% da atividade industrial de abril para maio teve predomínio de resultados positivos, destacou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo. “As quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 24 ramos pesquisados tiveram resultados positivos. Esse é um perfil mais disseminado de crescimento desde julho de 2014”, destacou, referind-se aos avanços disseminados em todas as categorias.

Bens de capital: São aqueles usados na produção de outros bens, como máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais.

Bens intermediários: São os comprados de outra empresa para o processo de produção, como uma bobina de aço adquirida de uma siderúrgica para a fabricação de um automóvel.

Bens de consumo duráveis: São aqueles que podem ser utilizados durante longos períodos, como automóveis e geladeira.

Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis: Os semi-duráveis podem ser considerados os calçados e as roupas, que vão se desgastando aos poucos. Já os não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente, como os alimentos.

Fonte: Portal o dia

A produção industrial brasileira fechou abril com crescimento de 0,6% frente a março. É o melhor resultado desde abril de 2013 quando a pesquisa registrou 0,9%. No entanto, o resultado acumulado nos primeiros quatro meses do ano é negativo: 0,7%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil (PIM-PF), divulgados hoje, no Rio de Janeiro, e indicam que a alta de abril, na série livre de influências sazonais, elimina parte da queda de 1,3% verificada em março.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam, por outro lado, que quando comparado com abril de 2016 (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou recuo de 4,5%, registrando a queda mais intensa nesta base de comparação desde os -7,5% de outubro do ano passado.

Com o recuo de 3,6% em abril de 2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho do ano passado, quando a retração foi de 9,7%.

O crescimento de 0,6% anotado entre março e abril deste ano reflete, segundo o IBGE, expansão em três das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos da indústria pesquisados.

Categorias econômicas

O crescimento de 0,6% da produção industrial brasileira entre março e abril, além de refletir a expansão em três das quatro grandes categorias econômicas, traz resultados mais acentuados para duas delas: bens intermediários e bens de consumo duráveis.

Segundo o IBGE, ao crescer 2,1% (bens intermediários) e 1,9% (bens de consumo duráveis), as duas categorias reverteram os recuos registrados em março último: -2,5% e -7,2%, respectivamente. O segmento de bens de capital (1,5%) também assinalou avanço nesse mês e eliminou parte da queda de 2,2% observada no mês anterior.

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis, ao fechar em queda de 0,8% entre março e abril, além de ser a única das grandes categorias com resultado negativo, completou em abril o terceiro mês consecutivo de redução na produção, acumulando no período retração de 4%.

Fonte: Agência Brasil 

O setor siderúrgico no Brasil apresentou no 1.º trimestre do ano uma assimetria pouco comum. A produção nacional de aço cresceu 10,9% em comparação com os primeiros três meses de 2016, segundo o Instituto Aço Brasil, o que é um bom sinal. Contudo, esse avanço resultou da exportação do produto, que cresceu 17,4% no período considerado. As vendas internas de aço pelas siderúrgicas instaladas no País, ao contrário, caíram 0,5%. Mas a redução das vendas não significa que a demanda doméstica não tenha reagido. Ela parece até estar reagindo, pois o consumo aparente de aço (produção interna mais importações) teve crescimento de 5%, impulsionado pelas importações, que registraram aumento espetacular de 73,1%.

O Instituto explica que a alta da exportação se deve à entrada em operação da Cia. Siderúrgica de Pecém (CSP), no Ceará, voltada para o mercado externo. As demais siderúrgicas de diversas regiões do País são mais direcionadas para o mercado interno, no qual enfrentam uma poderosa concorrência do produto importado, e ainda exportam muito pouco.

As projeções do Instituto são de que o consumo aparente de aço no País alcance 18,7 milhões de toneladas (t) este ano, mais 2,9% em relação a 2016. Já a produção nacional atingiria, ao fim de dezembro, 32,5 milhões de toneladas, uma elevação de 3,8%. As vendas internas se recuperariam um pouco, avançando 1,3% em 2017, ficando em 15,7 milhões de t, patamar semelhante ao de 2006.

Para ganhar competitividade em mercados externos, a indústria siderúrgica reivindica que seja elevada de 2% para 5% a alíquota do Reintegra, que prevê restituição de tributos pagos na cadeia produtiva no caso de vendas externas. Com isso, afirma o Instituto, o nível de arrecadação tributária seria mantido, mas poderiam ser criados 400 mil novos postos de trabalho, injetando US$ 15 bilhões na economia. O Instituto também considera que o governo deveria incentivar a exigência de conteúdo local.

Quanto ao Reintegra, em face da política fiscal em vigor, é pouco provável que a sugestão seja atendida nesta fase. Já no tocante à exigência de conteúdo local, a tendência que se tem observado é de reduzi-la, não de reforçá-la. O que o setor pode esperar é que, com a aprovação das reformas propostas pelo governo, o custo Brasil diminua, permitindo ganhos de competitividade pela indústria em geral.

Fonte: Portos e Navios

 

A produção industrial brasileira teve discreta alta de 0,3% o primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Apesar do avanço, ainda é cedo para afirmar que a crise foi revertida, avaliam fontes ouvidas pelo DCI.
Nos primeiros dois meses do ano, 14 dos 26 ramos de atividade acompanhados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram aumento de atividade.

“Temos sim uma leitura do primeiro bimestre com variação positiva, mas é preciso considerar o efeito da base fraca de comparação sobre esse avanço”, disse o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo.

Ele lembrou que, no primeiro bimestre de 2016, a indústria recuou 11,5% e a magnitude dessa queda ajuda a explicar o aumento de até dois dígitos em alguns dos ramos e categorias acompanhados pelo IBGE.

Já para o professor de economia do Insper, Otto Nogami, a tendência para a produção ainda é de queda, embora as séries do IBGE com ajuste sazonal apresentem números positivos. “Na série sem ajuste, a indicação ainda é de queda”, citou ele.

Em fevereiro a atividade recuou 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com janeiro, a produção registrou modesta alta de 0,1% em fevereiro. Mas nos últimos doze meses a indústria brasileira ainda acumula queda de 4,8%.

O sinal positivo nos dois primeiros meses de 2017 veio, em partes, confecção de artigos de vestuário e acessórios – alta de 8,4% sobre um ano antes. No entanto, o histórico de quedas do setor é a principal explicação para a melhora, avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. “Não podemos negar que houve uma mudança no sinal, o que é sempre bom, mas a indústria caiu muito nos dois últimos anos e não podemos garantir que esse ritmo de recuperação vai se manter nos meses seguintes”, observou.

Segundo Pimentel, o nível de encomendas do varejo para a indústria nos três primeiros meses ficou aquém do esperado e o varejo continua evitando a formação de estoques. “Não temos recomposição dos pedidos, só encomenda quem está com o estoque quase zerado”, disse Pimentel.

Porém, a expectativa de um inverno rigoroso no Sul e Sudeste do Brasil, aliada a queda da inflação, pode contribuir para o aumento das encomendas nos próximos meses. “Se o inverno for bom neste ano, isso pode fazer a perspectiva do varejista melhorar, estimulando as encomendas. Mas ainda vai depender do clima”, afirmou o presidente da Abit.

Segundo ele, o desempenho da coleção de Inverno também vai definir o ritmo de atividade na coleção de Primavera/Verão, a mais importante para o setor. “O inverno, em volume, pode ser pouco significativo. Mas é o giro dos produtos nessa estação que define as compras do varejo no período seguinte”, explicou o dirigente.

De acordo com a pesquisa do IBGE, também se destacaram em janeiro e fevereiro os ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+18,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+12,0%) e indústrias extrativas (+8,7%).

“Além da base de comparação ruim, temos algum incremento nessas atividades. Na indústria extrativa, é importante lembrar que esse setor vinha operando em um nível ainda baixo no início de 2016, como reflexo do acidente ocorrido em Mariana [MG]”, destacou Macedo, do IBGE.

Perspectiva

“Apesar das incertezas políticas e econômicas do País, acreditamos que a curva de queda no acumulado deve arrefecer para que possamos ter um crescimento moderado até o fim deste ano”, disse na segunda-feira (3), em nota, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior.

Em março, as vendas de veículos novos subiram 5,5% sobre um ano antes, totalizando 189.143 unidades.

Já Otto Nogami, do Insper, vê alguma chance de mudança em outros ramos – como Equipamentos de transporte, Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível e Impressão e reprodução de gravações – se o consumo interno voltar a crescer nos próximos meses de 2017.

“Se o consumo retomar, podemos ter melhora na atividade de derivados de petróleo”, exemplificou ele.

Fonte: Instituto Aço Brasil

 

Dados divulgados hoje (17) pelo Instituto Aço Brasilrevelam aumento de 9,5% na produção nacional de aço bruto no bimestre janeiro/fevereiro deste ano, em comparação a igual período do ano passado. Foram produzidos no país 5,4 milhões de toneladas de aço bruto. Também a produção de laminados subiu 4,9%, alcançando 3,5 milhões de toneladas.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas no mercado doméstico (2,5 milhões de toneladas) caíram 1,2% em relação a 2016. Em contrapartida, as exportações cresceram 19,4% em volume, somando 2,4 milhões de toneladas, com aumento em valor (US$ 1,1 bilhão) de 51%. As importações registraram incremento também de 91,7% entre janeiro e fevereiro, atingindo 370 mil toneladas. Em valor (US$ 306 milhões), as importações mostraram alta de 33,6%.

Segundo o Instituto Aço Brasil, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi 2,8 milhões de toneladas no bimestre, mostrando expansão de 5,5% comparativamente ao mesmo período do ano passado.

Os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro lideram a produção de aço bruto no primeiro bimestre do ano, com participações de 30,8% e 30,45%, respectivamente.

Fevereiro

As estatísticas elaboradas pela entidade revelam ainda que a produção brasileira de aço bruto em fevereiro foi 2,6 milhões de toneladas, aumento de 5,7% ante o mesmo mês de 2016. A produção de laminados repetiu o mesmo volume de fevereiro do ano passado (1,7 milhão de toneladas).

As importações de fevereiro de 2017 subiram 83% em volume (161 mil toneladas) e 25,5% em valor (US$ 133 milhões) em relação ao mesmo mês de 2016, enquanto as exportações registraram 1,2 milhão de toneladas e US$ 556 milhões, crescimento de 10,1% em volume e 50,7% em valor.

O consumo aparente observado no segundo mês de 2017 atingiu 1,4 milhão de toneladas, superando em 2,5% o resultado do mesmo período de 2016. Já as vendas internas caíram 3% contra fevereiro de 2016, com volume de 1,2 milhão de toneladas.

Fonte: Jornal do Brasil 

 

SÃO PAULO  –  O consumo aparente de produtos siderúrgicos cresceu 7,9% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2016, para 1,4 milhão de toneladas, informou nesta sexta-feira o Instituto Aço Brasil, entidade que representa as siderúrgicas nacionais. A produção brasileira de aço bruto no país somou 2,8 milhões de toneladas em janeiro, alta de de 13,3%.
Em relação aos laminados, a produção cresceu 10% no período, para 1,8 milhão de toneladas. Já os aços planos tiveram alta de 11,3%, para 1 milhão de toneladas, e os longos avançaram 8,1%, para 719 mil toneladas. As importações cresceram 99% em janeiro, totalizando 209 mil toneladas. O volume resultou em US$ 173 milhões, alta de 40,7% na comparação anual.

A participação dos importados no consumo chegou a 14%, refletindo o patamar atual do câmbio e o prêmio do aço nacional em relação aos preços do aço estrangeiro. As exportações somaram 1,3 milhão de toneladas em janeiro, aumento de 29,5%, atingindo um montante de US$ 563 milhões (51,3% maior).

As vendas de aço das usinas para o mercado externo tiveram alta de 23,8% em janeiro, para 1,031 milhão de toneladas. Já as vendas dos produtos no mercado interno registraram aumento menor, de 0,2%, para 1,233 milhão de toneladas.

Fonte: Valor

A subsidiária brasileira do grupo Aperam, multinacional de aços especiais, vai manter neste ano sua aposta de ampliar a exportação para compensar parte da queda da demanda no mercado brasileiro. Alguns tipos de aço que faz, como o inox, o carbono especial e o elétrico usado em motores industriais e de geladeiras, tiveram recuo no consumo de 35%, após o boom de demanda verificado no país em 2013.

Ao mesmo tempo, a siderúrgica aposta na entrega, a partir deste trimestre, de novo tipo de aço elétrico, de alta performance, cujo principal mercado é a fabricação de transformadores elétricos. Seus maiores clientes ­ também multinacionais, como Siemens, ABB e WEG ­, já estão recebendo lotes para homologar o produto.
Em fevereiro, na usina localizada em Timóteo (MG), os clientes vão conhecer a nova linha do GOcore (grão orientado, de alta eficiência elétrica). Na nova operação, instalada ao longo de 2016, com breve interrupção da linha atual de produção, a companhia investiu US$ 19 milhões.

A linha de fabricação desse aço vai manter a capacidade nominal de 60 mil toneladas por ano. A diferença é que, gradualmente, vai substituir o produto atual pelo GOcore, que tem como principal aplicação a fabricação dos núcleos de transformadores elétricos. Esses equipamentos são adquiridos, na maioria, por distribuidoras de energia elétrica “Vamos ganhar em agregação de valor do aço tipo GO, ao mesmo tempo que nossos clientes terão ganho na eficiência energética do equipamento”, disse ao Valor o principal executivo de operações da Aperam Inox América do Sul (que usa o nome fantasia Aperam South America) e presidente da Aperam no Brasil, Frederico Ayres.

Segundo o executivo, que tem 20 anos de carreira na siderúrgica mineira e desde o fim de 2014 preside a companhia no país, o novo aço poderá gerar “performance energética” da ordem de 10%, além de ser mais leve. “É um produto que já existe e se que torna mais nobre, mais rentável para a nossa empresa”, afirmou.

Antiga Acesita, que pertenceu ao Banco do Brasil e depois, com a privatização, a vários fundos de pensão estatais, entre eles a Previ, a empresa é fruto da cisão do ativos da líder mundial do aço, a ArcelorMittal, alguns anos atrás.

É a única fabricante de aço inox da América Latina, bem como do aço elétrico GO. Dentro do grupo, somente a unidade brasileira fabrica aços elétricos ­ o GO e GNO (grão orientado e não orientado). As unidades da Bélgica e França produzem apenas aço inox.

Na cisão, que gerou uma nova empresa com ações em bolsa e sede em Luxemburgo, a Aperam ficou controlada pela família Mittal. Lakshmi Mittal e a família ficaram com cerca de 40% do capital da empresa no processo de cisão. No mundo, teve receita de US$ 4,7 bilhões e despachos de 1,89 milhão de toneladas em 2015 ­ em 2016, US$ 3,21 bilhões de
janeiro a setembro, com vendas de 1,46 milhão de toneladas.

A Aperam é a segunda maior fabricante de aço inox da Europa. Somando o Brasil, dispõe de capacidade de 2,5 milhões de toneladas por ano desse tipo de aço.

No Brasil, com capacidade de 900 mil toneladas de aço líquido ao ano e ao redor de 700 mil de produtos finais ­ bobinas de aços inox, elétricos e carbono especial ­, faturou R$ 3,588 bilhões em 2015, com lucro líquido de R$ 117 milhões. Emprega 3,6 mil pessoas, considerando a usina siderúrgica e atividade florestal e de produção de carvão vegetal, usado em seus dois altos­fornos.

No mercado elétrico, a unidade brasileira fornece também o aço GNO, usado principalmente em motores elétricos e de geladeiras (compressores herméticos). Os dois mercados, devido à crise econômica do país, foram bastante afetados pela queda da atividade industrial nos últimos anos.

Esse aço é usado ainda em motores eólicos e de geradores de hidrelétricas. Entre os grandes clientes estão WEG, GE, Embraco e Alstom. Tem capacidade de produzir 200 mil toneladas ao ano.
O aço inox é usado desde a fabricação de talheres até tampas de fogões, tubos automotivos, fachadas de construções diversas ­ como a do Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em São Paulo ­, elevadores, tanques para álcool e bens de capital. As vendas da empresa giram em torno de 300 mil toneladas por ano. Outras 150 mil toneladas são com aço carbono especial, aplicadas na construção civil e mecânica, autopeças, indústrias de móveis, tubos, implementos agrícolas, bens eletrodomésticos, entre outros itens.

Fonte: Portos e Navios
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