Governo trabalha com expectativa de reverter déficit comercial em 2015
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) espera reverter o déficit da balança comercial brasileira em 2014 e fechar 2015 com saldo positivo. “Trabalhamos com a expectativa de um saldo comercial positivo em 2015. No entanto, julgamos que ainda é cedo para algum exercício numérico”, disse o o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Marteleto Godinho.
Segundo ele, o ministério se esforçará para buscar um resultado positivo “via aumento das exportações”. As medidas para isso serão anunciadas “em breve” pela pasta.
A balança comercial – diferença entre exportações e importações – teve déficit de US$ 3,930 bilhões em 2014. Com o resultado, a balança encerra 2014 com o primeiro déficit anual desde 2000. Em valores, o déficit é o maior desde 1998, quando foi registrado saldo negativo de US$ 6,623 bilhões.
Para o secretário, a queda da balança em 2014 foi influenciada principalmente pela queda dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) superior à esperada, por um cenário internacional desfavorável – com destaque para a crise argentina – e pelo déficit da conta petróleo, composta por petróleo e derivados.
Em relação às commodities, o secretário disse que, se tivessem sido praticados os preços de 2013, seria possível “reverter o déficit registrado”. Em quantidade, o país aumentou a exportação em 15 milhões de toneladas. No entanto, houve redução de 20,5% na receita de 2014, em relação a 2013. A queda foi puxada principalmente pelo minério de ferro.
No cenário internacional, dos 15 principais destinos dos produtos brasileiros, dez registraram queda nas importações, segundo Godinho. O destaque é para a queda das vendas nacionais para a Argentina. Pela primeira vez desde 2009, os Estados Unidos superaram o país como principal destino dos manufaturados brasileiros. “Num cenário de redução de atividade econômica e consequente queda de renda, os produtos que mais têm o consumo reduzido são os manufaturados, que são os principais produtos da pauta brasileira com a Argentina”, explicou.
Mesmo sendo a China o principal destino das exportações brasileiras – em 2014 foram US$ 40,6 bilhões negociados -, houve queda de 22,8% em valor, comparado a 2013. Isso porque os principais aumentos da demanda do país foram por automóveis, autopeças, máquinas e equipamentos, que não fazem parte da pauta de exportações com a China. “Houve queda de minério de ferro e açúcar, que fazem parte da nossa pauta”, disse o secretário.
Em relação ao petróleo e derivados, Godinho informou que houve redução no déficit desses produtos – de US$ 20,3 bilhões, em 2013, para US$ 16,6 bilhões no ano passado -, devido ao aumento da produção e consequente diminuição da importação. “Ainda que tenhamos registrado essa melhora, temos um déficit bastante elevado, fundamental para explicar o resultado da balança brasileira.”
A expectativa para 2015 é que se reduza ainda mais esse déficit. O secretário não estimou qual seria a redução. Além disso, o país trabalha com expectativa de aumento na produção decommodities, embora “não haja sinais de recuperação dos preços das commodities para 2015″. Para o minério de ferro, a expectativa é de queda.
No cenário internacional, a expectativa de crescimento dos Estados Unidos poderá favorecer o resultado da balança, além da previsão de um câmbio de R$ 2,69 para 2015, taxa que o secretário considera favorável às exportações. A taxa média em 2014 foi R$ 2,35. Godinho ressalvou, contudo, que a crise na Argentina e o baixo crescimento da União Europeia “não empolgam”.
Fonte: Agência Brasil
Aços precisam ser maleáveis. Por outro lado, devem ter alta resistência e, ao mesmo tempo, ser o mais fino e leve possível. Teoricamente, tais exigências estão em contradição. Mas na cidade de Peine, no estado alemão da Baixa-Saxônia, um alto-forno piloto entrou em operação e, em breve, deverá ser capaz de fornecer produtos de ligas especiais desse tipo.
O desenvolvimento do alto-forno piloto rendeu aos desenvolvedores a nomeação ao Prêmio Alemão do Futuro em 2014. Uma das ligas especiais que ele pode produzir é o aço High Strength and Ductility (HSD) – em português, aço de alta resistência e ductilidade. O HSD possui um alto teor de manganês e pode ser bem maleável, mas também particularmente duro e firme.
Essa liga é especialmente interessante para a indústria automobilística. Com ela, seria possível, por exemplo, construir carrocerias mais leves, porque as placas do metal podem ser mais finas do que antes, porém, com a mesma estabilidade.
Contudo, por enquanto essa liga existe apenas em quantidades experimentais. Mas isso pode mudar em breve, pois, desde o final de 2012, o alto-forno piloto está sendo executado na Salzgitter, em Peine. A instalação, nos moldes de linha de montagem, utiliza a chamada Belt Casting Technology (BCT) e foi montada pela SMS Siemag, de Düsseldorf.
“Temos um processo de fundição completamente horizontal”, afirma Jochen Wans, engenheiro da SMS Siemag. “Assim, não há carga sobre o produto que está sendo fundido.” O processo, portanto, está completamente livre de tensão, estiramento e pressão. “Conduzimos o material a ser fundido pela máquina e o solidificamos”, explica Wans.
No método convencional, o aço é fundido verticalmente na forma de blocos de metal, que geralmente têm 15 centímetros de espessura e vários metros de comprimento. Posteriormente, esses blocos são transformados em chapas e enrolados.
Esse método tem duas desvantagens: em primeiro lugar, as placas são conduzidas da vertical até a horizontal durante o processo de fundição. Elas ainda estão num estado semilíquido e sofrem uma contorção momentânea, para, em seguida, serem esticadas novamente. Isso leva a tensões dentro do aço, o que afeta a qualidade final do produto. Em segundo lugar, para transformar as placas grossas em chapas finas, é preciso adotar um processo semelhante ao do rolo de massa, a fim de esticar o metal.
No novo processo de fundição, não há tais empecilhos. Nada precisa ser levado de um canto para outro e, desde o começo do processo, os blocos já têm apenas 1,5 centímetro de espessura. Isso protege o material na posterior laminação a quente – ideal para ligas de difícil fabricação, como a HSD.
Mais qualidade
Outra vantagem do novo método é que o processo de fundição ocorre na ausência de oxigênio. A sala de fundição é preenchida com gás árgon. Dessa forma, o aço quente não oxida, e a qualidade da superfície é melhor.
As placas fundidas entram em contato com o ar apenas quando já estão arrefecidas e solidificadas. Elas também não entram em contato com água no arrefecimento, o que assegura que a estrutura interior do aço seja formada de modo uniforme.
Atualmente, as placas ainda são laminadas em outro local na fábrica Salzgitter. Se o projeto piloto for bem sucedido, planeja-se interligar a fundição e a laminação. A ideia é colocar as placas na usina de laminação imediatamente depois da fundição, algo que já é feito, em partes, no processo convencional.
O forno piloto foi projetado para uma produção anual de 40 mil toneladas de aço. O objetivo, portanto, é comprovar a capacidade industrial da nova tecnologia.
Na fase inicial, foram produzidos aços mais simples para testar a máquina e ganhar experiência. Desde fevereiro de 2014, a Salzgitter testa também a produção dos sofisticados aços HSD. “Até o fim de outubro, realizamos 76 fundições, 19 delas com manganês”, diz o engenheiro Peter Juchmann, diretor de operações responsável pelo projeto na Salzgitter.
A avaliação de Juchmann sobre os primeiros nove meses é predominantemente positiva. “O processo de fundição mostrou uma confiabilidade aceitável.” Mas ainda há o que melhorar: “A qualidade dos subprodutos do HSD não é tão elevada para que possamos obter um resultado satisfatório na laminação a quente.”
Em outras palavras, ainda vai levar certo tempo até que os primeiros aços HSD cheguem ao mercado. Mas talvez não muito. “Estamos afinando os processos para trazer um produto satisfatório ao mercado. Estamos trabalhando a todo vapor”, diz Junchmann.
Em todo caso, todos os participantes do projeto estão confiantes de que a fundição horizontal pertence ao futuro da indústria siderúrgica – também porque, com esse processo, outros tipos de aços podem ser produzidos com mais facilidade.
Wans também está convencido da tecnologia. “Nós, como construtores de instalações, enxergamos o aço HSD como um abridor de portas para outros aços inovadores”, disse o diretor da SMS Siemag.
Parceria bem-sucedida
Tudo isso não seria possível sem a estreita colaboração com a equipe de pesquisa da Universidade Técnica Clausthal, liderada pelo professor Karl-Heinz Spitzer. Ele realizou os trabalhos preliminares numa pequena instalação experimental.
“Muitos estudos foram feitos. Eles nos serviram como base para que pudéssemos realizar o procedimento em escala industrial”, conta Jochen Schlüter, que estudou Metalurgia na universidade e atualmente é responsável por projetos especiais da SMS Siemag. “A estreita conexão entre indústria e universidade não é um fator de sucesso apenas para este projeto, mas também para todo o polo industrial da Alemanha”, diz.
Como o novo método de fundição horizontal também permite a fabricação de novos produtos, baseados inteiramente em ligas industriais anteriormente não utilizadas, as próximas gerações de estudantes com certeza terão muito a explorar nessa área.
Fonte: Terra
A produção brasileira de aço bruto em outubro somou 3,051 milhões de toneladas, alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr). No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a produção do País recua 0,7%, para 26,608 milhões de toneladas.
Já o volume de laminados produzido no mês passado caiu 6,5% na relação anual, para 2,139 milhões de toneladas. No ano, a produção somou 20,9 milhões de toneladas, queda de 5%. A de planos apresentou queda de 5,9% no mês, ainda ante outubro de 2013, para 1,224 milhão de toneladas, e no ano chegou a 11,9 milhões de toneladas (-4,9%). A produção de aço longo somou 914,6 mil toneladas em outubro, retração de 7,4%; no ano ficou em 9,033 milhões de toneladas (-5,2%).
A importação de aço em outubro somou 334 mil toneladas, queda de 11,2% em relação ao mês imediatamente anterior. Em relação a outubro de 2013 foi registrada queda de 19,1%, de acordo com dados do IABr.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em outubro foi de 2,1 milhões de toneladas, queda de 12% ante o mesmo período de 2013. De janeiro a outubro o consumo aparente chegou a 21,1 milhões de toneladas, recuo de 6,2% na relação anual.
Fonte: Estado de Minas
Os engenheiros José Reinaldo Lourenço, consultor Econômico Financeiro do Sicetel (Sindicato Nacional Indústria Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos) e Ayrton Filetti, diretor Técnico da Abal (Associação Brasileira do Alumínio) abrirão os trabalhos do 5º Seminário de Trefilação – Arames, Barras e Tubos de Metais Ferrosos e Não Ferrosos, traçando um panorama, respectivamente, dos mercados do aço e do alumínio.
O evento – a ser realizado nos dias 24 e 25 de novembro na sede da ABM, em São Paulo – é direcionado a trefiladores; profissionais envolvidos nos processos de transformação; fabricantes de produtos oriundos de fio máquina, vergalhão e arames, telas, treliças, pregos e demais produtos manufaturados, produtos e/ou insumos e acessórios como lubrificantes, ferramentas, etc e àquelas indústrias que desejam desenvolver novos produtos
Na solenidade de abertura, que inicia às 8h30, também está programada a palestra do engenheiro Paulo Masiero, diretor da Atomat Services Industrial, que falará sobre ‘Uso, manutenção e regulagem de cassete (dispositivo utilizado nas máquinas de trefilação em substituição às fieiras).
Os problemas em processos de trefilação de ferrosos e não ferrosos (defeitos e causas ) serão abordados na forma de consultoria aberta com a participação de Marcelo Franzkowiak Stahlschmidt, consultor na área de trefilação e galvanização e sócio da SEPE Serviços em Educação e Engenharia; Maurício Sant’ Ana, diretor da Produtec; Eugenio Marchiondelli, gerente de vendas técnicas da Lubrimetal do Brasil e Gerardo Alcubierre Lagunilla, diretor da Sulamericana Esteves Group. Marcos Pinto, consultor técnico de trefilas da Gerdau Aços Brasil, atuará como moderador dos debates.
Trabalhos técnicos
Na parte da tarde, serão apresentados oito trabalhos técnicos. Na área de ferrosos, destacam-se:
– Novas tendências na Trefilação – materiais, processos: simulação/otimização: Ronald Lesley Plaut, professor aposentado pelo departamento de Engenharia Metalurgica e Materiais – USP
– Estudo de fratura e falhas superficias em arames e trefilados BTC – Tiago Salzmann Vilela – Gerdau
– Influência da velocidade de galvanização na morfologia das camadas de Zn E Fe-Zn) -Tiago Salzmann Vilela – Gerdau
– Aumentando a produtividade e reduzindo os custos da fábrica – Antonio Carlos Dantas Cabral – Instituto Mauá de Tecnologia.
As contribuições técnicas na área de não ferrosos, ênfase em alumínio, são:
– Aspectos metalúrgicos na produção de trefilados em ligas de alumínio – Marcelo Gonçalves – Escola Superior de Engenharia e Gestão – ESEG e Alpina Consultoria
– Processo de fabricação de cabos de alumínio com ênfase em trefilação – Abraham Lincoln Schumann – General Cable
– Trefilação de alumínio e suas ligas – Defeitos e soluções – Maurício Sant’ Ana – diretor da Produtec
– Influência do metal duro e da geometria de fieira no desgaste de ferramenta de trefilação de fios de latão – Gustavo Tressia, Leandro Almeida e Victor Caso Moreira – Paranapanema
Encerrando a programação do dia 24, serão apresentadas duas palestras:
– ‘Trefilação de fios metálicos com fieiras de diamante’ pelo diretor da Sulamericana – Esteves Group, Gerardo Alcubierre Lagunilla
– ‘Os 10 pilares da segurança no trabalho: Uma visão prática para gestores e supervisores de primeira linha’, pelo diretor e consultor em saúde e segurança do trabalho da Ergo, Hudson de Araújo Couto.
O dia 25 está reservado a visitas técnicas às plantas da Gerdau e da Paranapanema. Inscrições e mais informações na página do evento.
Santiago do Chile – A importação de aço laminado da China cresceu 54% na América Latina entre janeiro e agosto de 2014 em comparação com o mesmo período do ano passado, somando 5,4 milhões de toneladas, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Associação Latino-Americana do Aço (Alacero).
Os principais destinos latino-americanos para o aço laminado chinês no período foram Brasil (25%), Chile (15%) e América Central (14%).
O documento de Alacero detalhou que, neste período, os países em que a importação mais cresceu foram: Paraguai (182%), México (144%), Argentina (114%) e Colômbia (101%).
Por produtos, os chamados ‘aços planos’ representaram 67% das importações da China à América Latina (3,7 milhões de toneladas), entre janeiro e agosto 2014.
Entre eles se destacam as folhas e bobinas de outras ligas de aços (1,4 milhão de toneladas), revestidos de zinco (739.910 toneladas) e bobinas a frio (736.939 toneladas).
Além disso, no mesmo período, 1,4 milhão de toneladas de aços longos, concentrados especialmente em fios (757.855 toneladas) e barras (524.399 toneladas).
O mercado da América Latina não cresceu consideravelmente este ano em comparação com o passado, e a aceleração das importações de aço da China está deslocando a produção local e os intercâmbios intra-regionais, explicou o comunicado.
O aço laminado chinês abasteceu 12% do consumo da América Latina, contra 7,5% no mesmo período de 2013, o que exigiria uma ação imediata dos governos da região frente a seu concorrente asiático.
Fonte: Exame
Temas
– Centros de serviços, processos de corte, decapagem e beneficiamento de produtos planos e longos
– Cilindros de laminação
– Corrosão
– Desenvolvimento de produto e aplicações: indústria automotiva, autopeças, construção civil, eletrodomésticos, móveis, rodas, aços para -aplicações elétricas e tubos
– Embalagens metálicas
– Equipamentos
– Manutenção: novas abordagens e melhoria da eficiência
– Marketing
– Meio ambiente e segurança
– Modelamento matemático e simulação
– Processos: laminação, revestimento, estamparia, soldagem e conformação em geral
– Programação da produção
– Qualidade e produtividade
– Tendências, desenvolvimento, novas tecnologias e mercado
– Tribologia: desgaste, lubrificação e atrito
Local do evento
Rafain Palace Hotel e Centro de Convenções
Avenida Olimpio Rafagnin, 2357 – Parque Imperatriz – Foz do Iguaçu – PR
Mais informações em: http://goo.gl/8XoRF5
A produção brasileira de aço bruto recuou 1% entre janeiro e agosto ante igual intervalo do ano passado. No total, as usinas produziram 22,624 milhões de toneladas, frente a 22,854 milhões de toneladas em 2013, conforme balanço divulgado ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
Além da já tradicional falta de competitividade do país, as siderúrgicas estão sendo prejudicadas pela perda de ritmo da economia, uma vez que gande parte dos principais clientes do setor, como a indústria automotiva, registra resultados negativos.
Em agosto, a produção doméstica atingiu 2,946 milhões de toneladas. O volume é 0,5% superior ao verificado em julho (2,929 milhões de toneladas). Já em relação ao mesmo período do ano passado, quando ela somou 2,988 milhões de toneladas, houve retração de 1,4%.
Em 2014, a produção de laminados planos, que tem entre os principais consumidores a cadeia automotiva e os fabricantes de máquinas e equipamentos, acumula queda de 5,7% até agosto ante igual intervalo de 2013. O volume produzido no país caiu de 9,958 milhões de toneladas para 9,390 milhões de toneladas.
Já o segmento de laminados longos, usados pela construção civil, registrou queda de 4,8% na mesma base de comparação. As usinas produziram 7,224 milhões de toneladas nos primeiros oito meses deste ano, contra 7,589 milhões de toneladas no exercício passado.
Por outro lado, a produção de semiacabados (placas, lingotes, blocos e tarugos) subiu 13,2% entre janeiro e agosto frente ao mesmo período de 2013. E o resultado passou de 3,703 milhões de toneladas para 4,191 milhões de toneladas.
As vendas no mercado interno também caíram. Entre janeiro e agosto foram 14,122 milhões de toneladas, volume 8% inferior ao verificado no mesmo período de 2013, quando ele atingiu 15,350 milhões de toneladas.
Por outro lado, as importações avançaram. Nos oito primeiros meses de 2014 os desembarques somaram 2,764 milhões de toneladas, ante 2,4 milhões de toneladas em 2013, incremento de 15,2%.
Com isso, o consumo aparente, que compreende as importações mais as vendas internas, caiu 4,9% de janeiro a agosto. Nos primeiros oito meses deste ano foram consumidos no país 16,8 milhões de toneladas de aço, conforme o IABr. Em agosto, foram 2 milhões de toneladas, queda de 16,6% na comparação com 2013.
Fonte: Diário do Comércio
Dados divulgados hoje (17), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Aço Brasil (IABr), mostram que as importações brasileiras de produtos siderúrgicos, no primeiro semestre deste ano, totalizaram 2 milhões de toneladas, sendo 1,201 milhão de toneladas de produtos planos e 782 mil toneladas de produtos longos.
O volume é 18% superior às compras externas de produtos siderúrgicos em igual período de 2013. O instituto informou também que o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos no período foi 12,7 milhões de toneladas, com queda de 2,3% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado.
Os demais dados referentes à siderurgia do Brasil, no acumulado janeiro-junho, serão divulgados posteriormente, de acordo com a assessoria de imprensa do IABr.
A direção da entidade considera o cenário atual difícil para o setor do aço. Por isso, temas como os desafios da indústria siderúrgica, o excesso de capacidade e as possíveis soluções serão discutidos no 25º Congresso Brasileiro do Aço, programado para os dias 12 e 13 de agosto, em São Paulo.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Aço (Abrifa), Augusto Schiewe, disse à Agência Brasil que a importação de aço longo não chega a 5% do mercado brasileiro. “O volume de importação [de aço longo] tem que crescer muito ainda para poder fazer o produto nacional se tornar competitivo com o produto externo”. Segundo Schiewe, o número está disponível no site da Receita Federal.
“Ou seja, é um mercado muito grande para ser explorado. Por mais que a importação cresça 18%, o percentual que o aço importado representa no mercado é muito baixo. Há espaço para crescer bastante. Acredito que [a participação do] aço longo importado poderia ser entre 20% e 30%”, manifestou.
O presidente da Abrifa indicou que o grande consumidor do aço plano é a indústria automobilística. Ele defendeu que haja distinção entre os tipos de aço para que as estatísticas não sejam misturadas. Augusto Schiewe avaliou que os números têm que ser identificados isoladamente, para facilitar, inclusive, a formação de opinião dos leitores.
Fonte: Agência Brasil
O mercado de aço brasileiro está apresentando baixa demanda e exibindo preços elevados tanto no segmento de planos como de longos, avaliam analistas do Goldman Sachs em relatório divulgado nesta quinta-feira.
Segundo os analistas, o “prêmio” – diferença entre os preços no Brasil e no exterior – do aço no país está em 15 por cento no caso dos laminados a quente, 14 por cento nos laminados a frio, 13 por cento em produtos galvanizados ante níveis normalizados de 5 a 10 por cento.
No caso do vergalhão, o prêmio está em 26 por cento ante níveis normalizados de 15 a 20 por cento, segundo os analistas do Goldman Sachs.
“Acreditamos que os produtores de aços planos – Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e ArcelorMittal – poderão oferecer descontos de preços se as importações de aço no país continuarem elevadas em junho”, afirmaram os analistas no relatório.
Apenas em maio as importações de aço subiram quase 56 por cento sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Aço Brasil (IABr), que reúne as siderúrgicas do país com exceção da CSN.
Números do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) apontaram para alta de 3 por cento nas vendas em volume em maio ante abril, em linha com a média histórica, mas na média diária houve queda de 2 por cento, segundo o relatório.
Segundo os dados do IABr as vendas de aço no Brasil tiveram queda anual de 7,3 por cento em maio, para 1,886 milhão de toneladas. A produção recuou 4,3 por cento no mesmo período, a 2,877 milhões de toneladas.
O Goldman Sachs estima que os preços de aços planos da Usiminas vão cair 3 por cento no terceiro trimestre e 2 por cento no quarto trimestre, segundo o relatório, assinado por Marcelo Aguiar, Humberto Meireles e Diogo Miura.
Os analistas têm as ações da Gerdau como principal escolha no setor diante de melhora material no cenário de demanda e lucratividade dos negócios da companhia nos Estados Unidos, que representam 21 por cento do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) estimado para este ano.
A expectativa dos analistas do Goldman Sachs é que a demanda por aços planos no Brasil em 2014 vai cair 1 por cento sobre o ano passado enquanto no segmento de longos deverá ocorrer alta de 3 por cento na mesma comparação.
Fonte: InfoMoney
Enquanto as vendas internas de aço foram de 9,2 milhões de toneladas de janeiro a maio, queda de 2% ante mesmo período de 2013, as importações de produtos siderúrgicos somaram 1,7 milhão de toneladas, alta de 15% em relação ao mesmo período de 2013- Diante desse cenário adverso para o mercado interno, acontece o 25° Congresso Brasileiro do Aço, realizado pelo Instituto Aço Brasil, em São Paulo, desta vez, no Complexo WTC Sheraton, dias 12 e 13 de agosto.
As inscrições já estão abertas no www.acobrasil.org.br. Especialistas nacionais e internacionais debaterão temas como desafios da indústria do aço, competitividade sistêmica da indústria nacional, economia global e mundo. Mais informações em: http://goo.gl/QeDZBe