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Reajuste de preços do aço atinge todos os setores, menos o automotivo

1581_2_LOs reajustes de preço do aço anunciado pelas usinas siderúrgicas a seus clientes neste mês já está implementado, revelou nesta terça-feira Carlos Loureiro, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).

De acordo com o executivo, os aumentos devem atingir todos os setores que demandam aço, menos o automotivo. “Nossa rede associada já está toda trabalhando com o novo preço”, afirmou.

Loureiro explicou que os reajustes foram de até 8% para os compradores de aços planos, em todas as linhas de produtos. No caso das chapas grossas, contudo, a queda dos preços internacionais impede que haja aumento.

A Usiminas é a maior fabricante de chapas grossas do Brasil. O material, muito utilizado na indústria naval e na fabricação de tubos em geral, também é destinado à construção civil e à indústria automotiva.

O presidente do Inda também disse que os resultados das siderúrgicas durante o terceiro trimestre, além de já serem pressionados pela demanda fraca no Brasil, podem ser impactados por um preço médio menor, ante o segundo trimestre.

“Como as siderúrgicas deram descontos aos clientes, até mesmo antes dos reajustes, o preço médio provavelmente virá menor”, afirmou.

No caso da Gerdau, contudo, pode haver um alívio. Loureiro comentou que em setembro, por exemplo, a companhia gaúcha conseguiu exportar 52% de toda sua produção em território brasileiro, em todas as linhas de produtos.

Apesar de a margem dessas vendas ao exterior ser menor, por conta do pior valor agregado e também dos custos de exportação, a empresa consegue desafogar produção que não tem demanda no país.

“Os dados do setor em setembro mostram que a situação ainda não parou de piorar. Mas ao menos agora o tamanho da queda está menor”, disse.

 

Fonte: Valor Econômico

aco-siderurgia-nova-decafer-decapeApós 17 meses de preparação e um investimento de R$ 15 milhões, a ArcelorMittal inicia a produção de seu aço de alta resistência Usibor no Brasil: a usina de Vega, localizada na cidade de São Francisco do Sul (SC), entrega a primeira bobina do insumo destinado à indústria automotiva.

Segundo a empresa, a estimativa é de que a partir de 2016, a produção alcance volume equivalente a 100 mil toneladas por ano. A decisão de produzir localmente o aço de alta resistência – combinação do aço ao boro revestido de alumínio-silício (AlSi) – partiu da necessidade do mercado brasileiro em seguir novas tendências globais, a partir da localização de novas plataformas, ao mesmo tempo em que deve cumprir as exigências do Inovar-Auto, que estimula a produção de veículos mais leves para atingirem o novo índice de eficiência energética.

A adoção do aço de alta resistência já é uma realidade no Brasil: caso dos novos Ford Ecosport e o Volkswagen Up!, que foram concebidos com o Usibor, indicado principalmente para a produção de peças estruturais críticas para a segurança dos veículos. Ambos os modelos foram avaliados com nota máxima no crash test do Latin NCAP em 2013.

“É muito clara a tendência do aumento do uso do aço de alta resistência nas plataformas globais. Já estamos trabalhando em conjunto com as montadoras em projetos que serão lançados em 5 anos e isso inclui diversas inovações, como a criação do aço de 3ª geração, também de alta resistência”, comenta André Munari, gerente de vendas para o setor automotivo da ArcelorMittal, em entrevista exclusiva à Automotive Business.

A empresa projeta aumento dos atuais 6% para 25% de utilização de aços de alta resistência nos veículos brasileiros até 2025. Munari conta ainda que a ArcelorMittal apresentará este ano suas aplicações também para veículos pesados, tendência que deve começar pela Europa.

 

Fonte: Automotive Business
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